segunda-feira, 18 de julho de 2011

Prefeitura realiza conferência na Unidade de Internação no dia 22

Na sexta-feira o foco foi a Juventude Negra, Religiões de Matriz Africana e consulta aos povos tradicionais

A Prefeitura de Corumbá mantém uma intensa programação preparatória para a 2ª Conferência Municipal da Juventude, marcada para o dia 20 de agosto. Os trabalhos estão sendo coordenador pela Gerência de Ações para a Juventude, ligada à pasta da Secretaria Municipal de Integração das Políticas Sociais. Na sexta-feira (22), está prevista mais uma etapa da Conferência Livre na Unidade Educacional de Internação (Unei Pantanal), a partir das 14h30, quando será abordada a Juventude em Medidas Sócio-Educativas.

Até o momento, a Prefeitura já realizou estas atividades em escolas do Município. Na última sexta-feira (15) o foco foi a Juventude Negra, Religiões de Matriz Africana e consulta aos povos tradicionais. A iniciativa foi do Grupo de Capoeira Cordão de Ouro, coordenado pelo Mestre Pernambuco, pelo IMKOP (Instituto Maré Korê Odara do Pantanal) e pelo Pai Clemilson, ativista dos direitos humanos e presidente da ACOREMA, também anfitrião do evento. A Prefeitura Municipal, através das Gerências de Igualdade Racial e de Juventude apoiou a iniciativa.

Durante a Conferência os jovens discutiram sobre as prioridades das ações políticas de acordo com a temática juvenil, com propostas para a saúde, educação, cultura, lazer, diversidade e direitos humanos. O anfitrião, Pai Clemilson, destacou os esforços da Prefeitura Municipal, na figura do prefeito Ruiter Cunha de Oliveira, no que se refere a valorização da diversidade e liberdade de expressão e de culto no município, além do fortalecimento das instituições que tratam de direitos humanos, como forma de ação política dentro do município de Corumbá

"Juventude, Desenvolvimento e Efetivação de Direitos" é o tema este ano da 2ª Conferência Municipal que vai permitir um amplo debate em torno de três eixos temáticos que são a Democracia, Participação e Desenvolvimento Nacional; Plano Nacional de Juventude: prioridades 2011-2015, e a articulação e integração das políticas públicas de juventude. O evento será no Centro de Convenções do Pantanal de Corumbá.


Antônio Carlos - Assessoria de Comunicação Institucional

quinta-feira, 14 de julho de 2011

ENCONTRA DA CULTURA AFRO BRASILEIRA - CORDÃO DE OURO/MS

BATIZADO CORDÃO DE OURO UCT - CONTRA MESTRE ESPIRRINHO

Americanas: PF abriu processo e seguranças terão cursos sobre discriminação



Campo Grande-MS, 12 de julho de 2011

Americanas: PF abriu processo e seguranças terão cursos sobre discriminação

A agressão praticada no dia 23 de abril deste ano contra o vigilante Márcio Antonio de Souza dentro de uma das unidades das Lojas Americanas, em Campo Grande (MS), alcança novos desdobramentos desde a tarde de ontem (terça-feira, 12) com a entrega de um relatório da Câmara de Vereadores à Superintendência Regional da Polícia Federal. O vereador Alex (PT), membro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, entregou ao delegado Rodrigo Oliveira a síntese dos fatos, desde a denúncia de Márcio às investigações abertas pela Polícia Civil, a repercussão na sociedade e os esclarecimentos públicos solicitados pelo Legislativo às partes envolvidas.

No encontro o vereador foi informado que a PF já havia aberto processo administrativo contra Décio e que esse caso vem sendo acompanhado pela diretoria-geral da instituição em Brasília. Outro motivo do interesse em apurar as denúncias é saber se houve a prática de discriminação racial, já que o vigilante agredido é negro e sua abordagem se deu porque o segurança da loja, Décio Garcia de Souza, o considerou suspeito de ter furtado dois ovos de Páscoa. Outro resultado da intervenção da Câmara junto à instituição federal é a iniciativa para que os agentes de segurança privada em Campo Grande, a partir de agora, sejam obrigados a fazer cursos específicos sobre atos de discriminação e preconceito.

Para o vereador Alex, o contato com a autoridade federal foi proveitoso e os primeiros resultados alimentam a expectativa de esclarecimento total do caso e das responsabilidades, até porque a empresa se recusou a pagar pelos ferimentos provados com a agressão e que deixaram sequelas no rosto de Márcio. Alex destacou também o peso institucional e político do relatório, que tem a assinatura dos vereadores Paulo Siufi (PMDB), presidente da Câmara Municipal, e Athayde Nery Jr (PPS), vice-presidente da Comissão de Direitos Humanos.

Membro da Coordenação Nacional das Entidades Negras no Centro-Oeste (Conen), Edmir Abelha Moraes acompanhou o encontro entre Alex e o delegado Rodrigo Oliveira, destacando a dimensão humanista que a sociedade espera das instituições. “Não se justifica agredir por suspeição. E a pessoa agredida é negra. É preciso apurar o que houve e a Câmara Municipal está de parabéns pela forma corajosa com que vem tratando esta questão”, afirmou.

(Assessoria de Imprensa)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Religiosos protestam contra discriminação e pregam união contra toda forma de crime

Babalorixá Zazelakum prega conhecimento para evitar e combater falsos religiosos

Assim como aconteceu em Campo Grande, Corumbá realizou no último sábado, 09 de julho, um manifesto promovido por sacerdotes e adeptos da Umbanda e do Candomblé. O ato aconteceu no final da manhã, no Jardim da Independência onde os religiosos, com trajes ritualísticos, levaram cartazes manifestando repúdio a toda forma de discriminação, sobretudo a das religiões de matrizes africanas.

A ação foi uma forma de protestar diante da repercussão negativa surgida contra as religiões depois que um falso pai de santo, em Campo Grande, foi acusado de envolver em rituais, crianças - as quais teriam também sofrido abuso sexual - e sacrifício de animais.

"Quando acontece um caso como esse, a religião de uma forma geral é marginalizada. Dentro da nossa religião, nós não aceitamos esses atos bárbaros porque a criança é o vínculo maior dos orixás com Deus. A gente fala, dentro do Candomblé, que toda vez que nasce uma criança, Olorum está chegando a Terra trazendo mais uma vida para a família inteira", comentou o babalorixá Zazelakum, Clemílson Pereira Medina, que também é delegado das religiões de matrizes sul-africanas do Centro-Oeste.

Clemílson destaca que episódios de abuso contra as crianças já foram conhecidos em outras religiões e por isso prega a união entre todos para o combate a essa ameaça. "Está na hora do candomblecista, do umbandista, do espírita, se unirem ao pastor, ao padre, às outras religiões para lutarmos contra o crime na humanidade. Está na hora de englobar tudo e fazer a religião ter um único intuito: usarmos uma única palavra, a paz. O amor tem que prevalecer acima de tudo", pregou.

Abertura de portas

Elis Regina Pécora Fonseca, adepta da religião, destacou a necessidade de organismos governamentais se unirem às propostas trazidas pelo setor religioso para questões da coletividade. "Que os governantes se unam com a gente nessa luta, abrindo espaço para que possamos levar nossas opiniões, propostas contra o racismo, a discriminação, as desigualdades sociais", falou.

O babalorixá Zazelakum também comentou sobre a aplicabilidade da Lei nº 10.639, em 2003, que inclui a temática afro-brasileira obrigatória nos currículos escolares do ensino fundamental e médio. Ele reforça que as escolas e professores precisam dar maior destaque para o assunto, inclusive abordando a questão religiosa.

"Não estamos querendo que a pessoa acredite no candomblé, ela só tem que saber o que é essa religião. Eu peço para que os professores, sejam de ensino religioso, sejam de educação artística, que busquem a gente. Passamos instrução a eles, estamos palestrando se quiserem para que essa criança, amanhã, não seja enganada por um louco como esse que se passa por um religioso", disse ao frisar que a falta de conhecimento pode levar as pessoas a serem ludibriadas por falsos religiosos.

MUNDO CAPOEIRA

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